Com o ano chegando na metade e os vestibulares se aproximando, os estudantes buscam pela melhor estratégia de estudos para o Enem e demais vestibulares. É importante uma preparação adequada para alcançar bons resultados, mas muitos candidatos se perdem na organização devido ao volume de informações das diversas disciplinas.
Mas como garantir que se está no caminho certo, sem se perder nos de conteúdos para revisar? “Para que o plano de estudos funcione, é preciso, antes de tudo, que esteja alinhado ao objetivo do candidato. Colocar o que se planeja fazer no papel é o primeiro passo para não se sentir perdido, e assumir o controle da própria preparação. Além disso, o cronograma deve levar em conta as características individuais”, ensina Michel Arthaud, docente de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto.
O professor listou dicas para evitar “deslizes” na hora de montar o cronograma:
Querer estudar ‘o tempo todo’
Estudar constantemente, começando cedo e continuando até tarde, é um erro frequente. Arthaud sugere uma rotina fixa de estudos, que pode ser em qualquer período do dia, mas deve ser viável. “Não recomendo mais de 8 horas de estudo por dia, e essas horas devem ser divididas. Pausas de 15 a 20 minutos a cada 2 ou 3 horas ajudam a manter a concentração e evitar o cansaço extremo”, orienta.
Para o professor, menos pode ser mais. “Três a quatro horas bem estudadas são mais eficazes do que oito horas com baixa concentração e distrações. A qualidade das horas dedicadas é o que realmente importa.”
Dedicar-se apenas às matérias favoritas
Focar mais nas disciplinas preferidas e negligenciar as mais difíceis é outro deslize. “É essencial alternar as matérias para que nenhuma seja esquecida. Priorize os assuntos em que tem mais dificuldade no cronograma”, recomenda Arthaud. Ele também sugere analisar os conteúdos mais frequentes nas provas dos anos anteriores.
Deixar de lado os simulados
Realizar simulados regularmente é essencial para verificar a eficácia do plano de estudos. “Faça ao menos um simulado por mês para observar o progresso e ajustar o cronograma, se necessário. Ficar muito tempo sem esse teste pode prejudicar a eficiência do planejamento”, alerta Arthaud.
Focar somente em resumos
Se preparar apenas com livros ou apostilas de exercícios é um erro. O docente de química recomenda buscar videoaulas, filmes, séries, documentários e podcasts que expliquem os conteúdos de forma simples e assertiva. “Utilizar diferentes formatos auxilia na compreensão e evita que o processo de estudo se torne maçante e repetitivo”, avalia.
Achar que descanso é “bobagem”
Reservar momentos de descanso e lazer é fundamental para evitar a sobrecarga. “Ninguém vive apenas para estudar. É necessário dedicar tempo a outras atividades, incluindo o descanso, que é importante para a saúde física e mental”, afirma o professor.
Ignorar as revisões periódicas
Outro erro comum é deixar de lado as revisões periódicas dos conteúdos estudados. “Revisar regularmente é importante para fixar o conhecimento e identificar possíveis lacunas. Estabeleça revisões semanais ou quinzenais para garantir que os temas estudados sejam realmente assimilados”, aconselha.
O professor ressalta a importância de conferir o plano de estudos diariamente e fazer ajustes quando necessário. “Leve seu cronograma a sério para que ele realmente faça diferença na sua preparação”, finaliza.