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Evento promove surfe para pessoas com deficiência

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Considerado um dos maiores surfistas de ondas grandes do mundo, o brasileiro Taiu Bueno, teve que interromper a carreira após um acidente em que lesionou a medula espinhal em 1991. O atleta, que passou a se locomover com cadeira de rodas, não abandonou os mares e passou a surfar com uma prancha adaptada para PcD. Agora, o esportista inspira outras pessoas com deficiência a não desistirem do sonho de surfar através do evento “Dream Challenger”, que levará equipamentos adaptados para praias do sudeste entre junho e setembro.

“Com a ajuda dos amigos Jorge Pacelli (shaper e big rider) e Neco Carbone (shaper), desenvolvemos esta prancha e adaptamos para atender a diversas pessoas com dificuldade de mobilidade total ou parcial. A prancha foi criada pelo shaper e big rider Jorge Pacelli, que adaptou um bebê conforto em uma prancha de stand-up para levar seu filho Koa quando ele tinha apenas 1 ano e meio, hoje ele está com 13 anos. Esta prancha, que vou utilizar hoje e que todos que estarão no evento poderão experimentar, é fabricada pela G-Zero”, explica.

Segundo Taiu, o objetivo principal do evento é compartilhar a alegria que sentiu quando pode voltar a surfar mesmo com a paralisia de braços e pernas, como é o seu caso. “O evento já acontecia nas praias do Guarujá, litoral paulista, e agora conseguiremos levar essa experiência para outras praias de São Paulo e Rio de Janeiro, inicialmente”, comemora.

A tour do “Dream Challenger”, levará diversos tipos de pranchas adaptadas ou com andadores para atender desde paraplégicos, tetraplégicos e deficientes visuais. Terá início em Niterói, no Rio de Janeiro, na Praia do Forte Imbuhy, nos dias 8 e 9 de junho, e para participar é preciso se cadastrar no link disponível no instagram do evento (@dream_challenger_project). Em seguida, o evento passará pelo Arpoador (29 e 30/06), Recreio (27 e 28/07), Paraty na Praia do Pontal (24 e 25/08) e terminará no litoral paulista em setembro, em Ubatuba (21 e 22/09).

“Desde 2015 existem circuitos mundiais de surfe adaptado ou para-surfe, ou seja, apesar de novo, já é um esporte de nível competitivo. Por isso, também é importante apresentar a prática para outros PCDs e os desafiamos a sonhar, quem sabe não incentivamos o próximo campeão ou campeã mundial? No entanto, o mais fundamental é proporcionar a alegria de voltar a ter contato com o mar, ou, em alguns casos, de sentir as ondas pela primeira vez”, complementa Bueno.

Em todas as edições, os participantes inscritos vão contar com o atendimento de equipes especializadas e uniformizadas em tendas na praia. Além das pranchas adaptadas, o evento ainda contará com cadeiras anfíbias, também utilizadas para facilitar o contato de pessoas com mobilidade reduzida com o mar.

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