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Tranquilo.SP inicia temporada de shows de 2024

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Fernanda Bcheche, responsável por trazer o Tranquilo para São Paulo

Em um animado happy hour, no dia 6 de março último, no Lar Mar, em Pinheiros, a equipe do Tranquilo.SP reuniu a imprensa, artistas que já se apresentaram no projeto, marcas parceiras e amigos para celebrar a nova temporada de shows do ano de 2024 desse palco intimista que roubou a cena paulistana, às segundas-feiras.

 

Thales Silva, idealizador do Tranquilo

O Tranquilo nada mais é do que uma rede que busca colocar em cena e na cena o trabalho de artistas independentes. Já são cinco anos de história em Belo Horizonte, onde nasceu o rolê, e um ano na capital paulista.

O projeto atua de diversas formas, seja no encontro semanal dos artistas com o público, divulgação nas redes sociais, nos registros fotográficos e no boca e boca que, aliás, vem dando muito certo.

Os números desta iniciativa de sucesso já se mostram bem expressivos. Só no ano passado foram 87 shows, 130 mil interações nas redes sociais e um público estimado de 300 mil pessoas.

O time do Tranquilo, em Sampa, é formado por Fernanda Bcheche, que gerencia toda a operação, produção, além de escolher as pessoas da equipe; Luísa Savala, fotografia e comunicação; Carlos Henrique, sonoplastia; Livian, responsável pela gestão das redes sociais e a cobertura do Tranquilo; e Leo de Paula, manutenção do bar e montagem e desmontagem do Tranquilo.

Segundo a produtora Fernanda Bcheche, responsável por trazer o projeto para São Paulo, a missão do Tranquilo é construir e organizar uma comunidade de amantes da música e da arte que não alcançam os grandes meios de comunicação. “Nossa visão é liderar a reinvenção e organização da indústria dos artistas que atuam fora do consumo de massa e da mídia tradicional”.

Marcelo Manso, à direita, do site de entretenimento Mais Brasil

A temporada de 2024, que já começou com o pé direito, foi aberta no dia 4 de março, no União Fraterna, no bairro da Água Branca, reunindo as artistas Joyce Alane, Anná e Bruna Black.

Joyce Alane, nascida no Recife e criada em Moreno, tem um público fiel na internet e criou um quadro em seu perfil chamado “Me dá uma Luz”, em que os seguidores mandam palavras e ela escreve as músicas de acordo com o tema. A cantora foi indicada na Categoria Brasil do Prêmio Multishow 2023.

Bruna Black toca nos espaços mais improváveis de São Paulo, marcada pela influência da música gospel na infância, e hoje traz um som super atual, sem esquecer dos clássicos como Itamar Assumpção e Elis Regina.

Já a multiartista Anná tem três álbuns lançados e vários videoclipes e fez sua primeira turnê na Europa em 2022, sendo indicada em cinco categorias do Prêmio Profissionais da Música.

Esta é a vibe do Tranquilo! E ainda há o #olhonoolho, que acontece após a programação de apresentação dos shows da noite e é um espaço onde artistas que estejam no rolê podem apresentar seu trabalho autoral. São Paulo acolheu e entendeu a proposta, que não é só a de oferecer música de qualidade e um espaço para que o artista independente tenha a possibilidade de mostrar o seu trabalho e furar a bolha, mas sobretudo a de um projeto que traz em sua concepção um caráter educativo, desde a cobrança do ingresso ao consumo no bar. A entrada tem um valor sugerido de R$ 25,00 para quem pode pagar e quem não tem essa quantia pode contribuir com o que puder. Ninguém é barrado, se não puder pagar. Quem tem condições financeiras melhores e pode pagar mais, acaba equilibrando a balança e permitindo que outra pessoa pague menos. O consumo de bebidas também segue o mesmo conceito e acontece na base da confiança. Você pega a sua bebida e paga o valor via pix.

Primeira apresentação do ano: Anná, Joyce Alane e Bruna.Black

Brolo Gonzales, músico

 

Como participar do rolê?

 

Thomé e Tom Ribeira

Para participar é só interagir com as enquetes que são divulgadas na página do projeto no instagram (@tranquilosaopaulo) e reagir com um ‘foguinho’ nos stories para receber o endereço com todas as coordenadas pelo DM. A mudança constante de palcos é marca registrada do projeto. Ser itinerante garante vivenciar diferentes experiências. O lugar é pensado de acordo com a estimativa de público para aquele evento e as parcerias são firmadas com os estabelecimentos que entendem a proposta do projeto, como o fato de não abrir mão do consumo do bar.

Para garantir um bom lugar, o lance é chegar cedo. Como o público assiste aos shows sentado no chão, o ideal é levar uma canga ou comprar uma na lojinha do projeto. Pessoas com mobilidade reduzida e que querem ir ao Tranquilo são bem-vindas. Cadeiras são providenciadas para este fim.

Veja: @tranquilosaopaulo

@tranquilobh

Leia: www.tranquilobh.com.br

Crédito das fotos: Luísa Savala

Patrizia Corsetto é jornalista, radialista e psicanalista e assina

semanalmente a coluna de cultura.

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