Com o Carnaval se aproximando, os preparativos para a festa estão “a todo vapor”. Entre os itens mais procurados pelos foliões está o famoso glitter. No entanto, por trás desse brilho para maquiagem e fantasias, há uma preocupação crescente sobre seu impacto ambiental, especialmente nos oceanos.
“O glitter é composto principalmente por microplásticos, pequenas partículas de plástico que medem menos de cinco milímetros de diâmetro”, explica o professor de Biologia Flávio Landim, da Plataforma Professor Ferretto – canal 100% online com foco na preparação para o Enem e vestibulares. “Quando descartado inadequadamente, seja diretamente nos oceanos ou através de sistemas de esgoto, esses microplásticos podem representar uma ameaça significativa para a vida marinha”, acrescenta.
Os microplásticos, incluindo aqueles presentes no glitter, são frequentemente confundidos com alimentos por animais marinhos, como peixes, aves e tartarugas marinhas. Uma vez ingeridos, essas partículas podem causar danos internos, bloquear o trato digestivo e até mesmo liberar substâncias tóxicas, Landim enfatiza a importância da conscientização e da adoção de alternativas sustentáveis. “Os consumidores podem optar por glitters biodegradáveis, feitos de materiais naturais, que oferecem o mesmo brilho sem os impactos ambientais prejudiciais do plástico”, ressalta.
A maneira correta de remover um glitter, de forma que prejudique menos o meio ambiente, é limpar o rosto ou o corpo com papel higiênico ou algodão e descartar em lixo comum antes de tomar o banho. O procedimento é o mesmo para retirar strass e fitas auto adesivas.