Time Brasil terá em torno de 330 atletas nos Jogos Olímpico daqui a seis meses
Paris 2024 é logo ali! O ano olímpico chegou rapidamente. No ciclo mais curto da história, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) entra na reta final do planejamento atento aos detalhes que farão a diferença para a melhor performance dos atletas do Time Brasil nos Jogos Olímpicos, daqui a seis meses. Com o objetivo de melhorar o resultado da última edição, em Tóquio, a entidade dará atenção especial aos atletas e equipes já classificadas ou com chances de qualificação para Paris. O Brasil já tem 147 vagas garantidas e projeta chegar em uma delegação de cerca de 330 atletas em Paris.
“Nosso objetivo no Comitê Olímpico do Brasil é sempre evoluir em todas as nossas ações que fazemos. O desempenho do Brasil nas competições multiesportivas vem melhorando a cada ano e para os Jogos Olímpicos de Paris nosso pensamento não pode ser diferente. É claro que o nível é muito alto e todos os países estão trabalhando para dar o seu melhor. Por isso, o COB não medirá esforços para oferecer as melhores condições de preparação nesta reta final a nossos atletas e equipes. Temos muita confiança no nosso trabalho e na capacidade dos nossos profissionais. Vamos com tudo em 2024”, declarou Paulo Wanderley, Presidente do COB.
O histórico desempenho nos Jogos Pan-americanos, quando o Brasil conquistou 205 medalhas, mantendo-se como segunda força do continente trouxe boas perspectivas para Paris. Um dos pontos importantes do Pan foi a diminuição da distância para os Estados Unidos, grande potência das Américas. O objetivo de superar as 21 medalhas de Tóquio 2020 é desafiador, por isso o COB vai dar atenção aos mínimos detalhes nesse período final de preparação.
“Os Jogos Pan-americanos foram um ótimo teste para Paris. Os resultados foram excelentes, principalmente quando comparamos com os Jogos anteriores, superamos bastante o resultado de Lima. Tem sido um ciclo olímpico muito bom para o esporte brasileiro, embora seja mais curto. Agora estamos no período de ajustes finais. Isso traz um sentimento de ansiedade, mas também de confiança. Acreditamos muito no trabalho que fazemos e estamos confiantes no nosso desempenho em Paris”, disse Rogério Sampaio, diretor-geral do COB.
Hoje o Brasil já tem 147 vagas garantidas em 27 modalidades para Paris, mas a uma série de modalidades ainda está em processo de classificação. Os próximos meses serão decisivos para atletas que ainda buscam carimbar seus passaportes para a França. Um dos pontos de atenção é a recuperação de atletas lesionados. Devido ao ciclo olímpico mais curto, alguns tiveram que acelerar seus processos.
“Há tempo ainda para fazermos pequenas intervenções para que a gente possa forjar essas medalhas. Então, o trabalho agora é de detalhes, de ajustes finos nos planejamentos de treinamentos, na discussão entre as equipes multidisciplinares que cercam esses atletas. Buscamos a interdisciplinaridade no planejamento de ações. Cada atleta tem um planejamento individualizado e a busca é pelos pequenos detalhes para cada um ter o melhor desempenho nos Jogos Olímpicos. São pequenos detalhes que podem fazer uma grande diferença no resultado final. Hoje estamos na fase de ajuste final do planejamento junto às confederações e treinadores para que, nas modalidades que temos resultados consolidados ou nas que estão próximas de conseguir uma medalha olímpica, é onde o nosso olhar está voltado para que a gente possa trabalhar todo o potencial para que o atleta chegue plenamente preparado nos Jogos Olímpicos. O que interessa para nós é o atleta fazer a sua melhor performance. Se vai chegar na medalha ou não é um detalhe, mas ele tem que chegar preparado para fazer o melhor”, enfatizou Ney Wilson, diretor de Alto Rendimento do COB.
Como já vem acontecendo há algumas edições olímpicas, o COB montará na França uma base de apoio fora da Vila Olímpica, neste caso, a apenas 600m de distância, em St. Ouen, onde serão ofertados uma série de serviços de performance à delegação. Entre as principais facilidades estará a flexibilidade de horários para treinamentos. Além, é claro, do tradicional arroz e feijão, que trará conforto e sensação de proximidade de casa aos atletas. Toda essa estrutura serve para que os atletas tenham a única missão de treinar, descansar e ter uma performance de excelência nos Jogos Olímpicos.
“Trabalhamos com muita antecedência. Antes mesmo dos Jogos Olímpicos de Tóquio, a gente visitou Paris diversas vezes para encontrar um local de suporte aos atletas. A Vila Olímpica é um ambiente muito restrito e muitas vezes não conseguimos colocar todos os nossos profissionais lá dentro. Preparamos tudo aquilo que seja necessário para um bom desempenho. Teremos área de saúde do atleta, preparação física, espaços específicos para um bom atendimento. Áreas de tecnologia e ciência, com espaços dedicados à análise de desempenhos, buscando melhorar o resultado da nossa equipe. Próximo à Vila Olímpica, teremos espaços para trabalhos de força, fisioterapia. Também teremos culinária brasileira para os atletas não sentirem falta do tempero brasileiro. Áreas para eles encontrarem os familiares. Pensamos em todos os detalhes, pois o que faz a diferença é isso”, explicou o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.
Fonte: COB