Até o final da década o segmento automotivo mundial deve ser dominado pelos veículos elétricos, que podem representar até 86% do mercado em 2030, segundo relatório do Rocy Mountain Institute (RMI). Em paralelo, de acordo com a Agência Internacional de Energia, 14% dos veículos vendidos neste ano são elétricos.
No Brasil, foram emplacados cerca de 49 mil carros elétricos até agosto deste ano, chegando a uma frota total superior a 175 mil unidades, segundo levantamento da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Mês a mês, os emplacamentos crescem cerca de 25%.
Atualmente o veículo mais barato da categoria é vendido a partir de aproximadamente R$120 mil reais, o que inviabiliza a compra para muitos brasileiros que podem comprar um carro 0km a partir de R$ 62 mil, segundo dados da Tabela Fipe de Agosto. Como alternativa, os consórcios têm se apresentado como uma opção mais vantajosa do que financiamentos. De acordo com Eduardo Rocha, CEO do Klubi – única fintech autorizada pelo Banco Central a operar com consórcios -“Hoje em dia, um financiamento automotivo chega a cobrar 3% ao mês e isso pesa muito no valor final do bem adquirido. Já os consórcios funcionam mais com um investimento planejado.”
Por outro lado, também é preciso analisar o melhor momento para adquirir o veículo elétrico. No Brasil, existem atualmente cerca de 3 mil eletropostos, mas uma estimativa da ABVE aponta que até 2025 este número deve chegar a 10 mil. Para Eduardo Rocha, “o consórcio é uma ferramenta para planejar a compra de um carro elétrico. Nele, você pode escolher tanto o valor quanto o número de parcelas e pode ser sorteado para receber seu carro elétrico antes. Outra opção é ofertar o valor do seu carro como um lance”, finaliza o executivo.